Alta comissária da ONU diz que Egito tem que investigar mortes
Em comunicado, Navi Pillay afirmou que país tem que iniciar inquérito independente e imparcial sobre assassinato de 51 manifestantes pós Irmandade Muçulmana que prostestavam no Cairo.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*
As Nações Unidas pediram a abertura de um inquérito sobre a morte de 51 simpatizantes do ex-presidente Mohammed Mursi, do Egito.
Os manifestantes pró Irmandande Muçulmana foram assassinados na segunda-feira. Em comunicado, a alta comissária de direitos humanos, Navi Pillay, disse que a investigação tem que ser “independente e imparcial”. Segundo ela, todos os resultados do inquérito têm de se tornar públicos.
Prisão Domiciliar
A violência entre manifestantes a favor e contra do presidente deposto já matou mais de 80 pessoas desde a sexta-feira, quando o Exército colocou o presidente Mursi em prisão domiciliar, assumindo o poder no país árabe.
Ainda no comunicado, Pillay comentou a informação de o próprio presidente interino, Adly Mahmud Mansur, ter ordenado a abertura do inquérito.
Segundo agências de notícias, manifestantes retornam às ruas, nesta terça-feira, para protestar anúncios de realização de eleições antecipadas no Egito.
Caráter Pacífico
A porta-voz da ONU, Cécile Pouilly, pediu que todas as partes mantenham o caráter pacífico das manifestações. Ela disse que o Exército tem que exercer moderação máxima.
Painel
Pouilly disse que o escritório se inteirou dos planos das autoridades provisórias sobre a formação de um painel para alterar a constituição, de realizar um referendo e de eleições parlamentares.
Horas depois das mortes dos manifestantes, na segunda-feira, o Secretário-Geral condenou os atos e pediu uma averiguação dos assassinatos. Ban disse que o Egito tem que evitar a escalada da violência.
A alta comissária da ONU afirmou que o paradeiro de Mursi continua desconhecido.
*Apresentação: Mônica Villela Grayley.