Após morte de jornalista, ONU ressalta exposição ao perigo na Somália
Representante da organização no país deplora assassinato do profissional de televisão Libaan Qaran; ato, no domingo, ocorre quando área semi-autónoma da Puntlândia prepara eleições locais.
Eleuério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O representante especial do Secretário-Geral para a Somália, Nicholas Kay, manifestou profunda tristeza pela morte de um jornalista somali, neste domingo, na cidade de Gaalkacyo.
Libaan Abdullahi Farah Qaran trabalhava para a TV Kalsan Somália, sedeada na capital da área semi-autónoma da Puntlândia, no nordeste. A nota cita relatos dando conta de que o profissional teria sido alvejado quando regressava à casa no fim do dia de trabalho.
Mortes
Kay disse que o assassinato é o quinto de um jornalista do país em 2013, no que demonstra que a Somália continua a ser um dos lugares mais perigosos para exercer a profissão no mundo.
O caso junta-se às 15 mortes de pessoas ligadas ao ofício registadas desde Julho do ano passado, pela Organização da ONU para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, na nação do Corno de África.
Eleições
O representante disse que a região da Puntlândia vive um momento politicamente tenso, por estar nas vésperas da realização de eleições locais.
Um apelo à contenção foi lançado aos atores políticos, no qual Kay ressalta a importância de proteger os jornalistas, além de defender a liberdade de imprensa no país do Corno de África.
Meios de Comunicação
Após endereçar pêsames à família e amigos de Libaan Qaran, incluindo os meios de comunicação locais, o responsável disse que a Missão da ONU na Somália dedica-se a trabalhar com as autoridades do país.
Entre os objetivos estão garantir a segurança e que os autores de crimes violentos sejam levados à justiça no país.