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ONU deplora morte de funcionários humanitários em Darfur

ONU deplora morte de funcionários humanitários em Darfur

Dois trabalhadores da área perderam a vida e um outro foi ferido num confronto armado entre tropas e rebeldes na capital da região sudanesa; mais de 300 mil abandonaram as suas casas desde o princípio do ano.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

O coordenador Humanitário das Nações Unidas no Sudão disse que funcionários ligados área no país não podem pagar com o próprio sangue pelo seu trabalho.

Ali al-Zatari reagiu em comunicado ao assassinato de dois trabalhadores humanitários em Darfur Sul, após uma onda de disparos envolvendo tropas e rebeldes na cidade de Nyala. Além da morte dos funcionários da ONG World Vision, um outro colega foi ferido na ação.

Fluxo

Segundo referiu, o que chamou de “atos hediondos” salientam a instabilidade e a ameaça de interrupção do fluxo de assistência para a região, assolada por confrontos entre o exército, milícias aliadas e comunidades locais.

Al-Zatari defende o respeito das partes em conflito à sua obrigação de proteger os trabalhadores humanitários e outros civis. O governo sudanês foi exortado a abrir uma investigação e a levar os responsáveis do crime à justiça.

Insegurança

Para o responsável, caso o trabalho humanitário em Darfur seja forçado a recuar devido insegurança para a equipa da organização e seus parceiros, muitas mais pessoas da região sudanesa devem sofrer.

De acordo com a ONU, na quarta-feira passada, três soldados ficaram feridos numa emboscada contra um comboio de viaturas da Missão da ONU em Darfur, Unamid, na região de  Labado em Darfur Ocidental.

A organização refere que desde o início deste ano, mais de 300 mil pessoas da região sudanesa foram obrigadas a abandonar as suas casas, principalmente devido a confrontos tribais.

*Apresentação: Denise Costa.