Do Jazz, Marcus Miller é o novo Artista da Unesco para a Paz
Músico norte-americano, de 55 anos, vai apoiar e divulgar o projeto “Rota do Escravo” nas vésperas do 20º ano da iniciativa.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A estrela norte-americana de jazz, Marcus Miller, foi oficialmente nomeado “Artista da Unesco para a Paz”, neste fim-de semana.
De acordo com a agência, o compositor, produtor do estilo musical e apresentador de rádio deve promover o projeto “Rota do Escravo”, lançado em 1994. O objetivo principal é contribuir para uma melhor compreensão das causas, das formas de operação e das consequências da escravidão no mundo.
Diálogo e Respeito
De acordo com a Unesco, a aposta no artista também deve ampliar os esforços para construir a paz através do diálogo e do respeito no âmbito dos 20 anos da iniciativa.
Marcus Miller, de 55 anos, já venceu dois prémios Grammy. Ele foi celebrizado como baixista elétrico mas também executa o teclado e o clarinete, tendo mais de 500 participações em álbuns de jazz, R&B e ópera.
Impacto
A sua carreira inclui o acompanhamento de lendas como Miles Davis, do embaixador da Boa Vontade da Unesco Herbie Hancock, de Wayne Shorter e de Eric Clapton.
Além de apoiar e divulgar A Rota do Escravo, Miller deve sensibilizar sobre um fenómeno “com um profundo impacto sobre o mundo moderno, da religião e da cultura para o movimento de direitos humanos.”
Corações e Mentes
A diretora geral da Unesco, Irina Bokova, descreveu Marcus Miller como um artista que “tocou os corações e mentes de homens e mulheres em todo o mundo.”
Sobre as premiações disse que como músico, a estrela tinha ganho todos os prémios que valiam a pena conquistar, tendo enaltecido que encarna o espírito de criatividade, liberdade e resistência presentes no coração da música e, especialmente a jazz.
Pluralismo Cultural
Como um artista para a Paz, Marcus Miller deve trabalhar para divulgar as lições da escravidão e o tráfico de escravos e como os fatores podem ser usados para resolver vários problemas atuais.
Entre eles, a Unesco destaca a reconciliação nacional, o respeito ao pluralismo cultural e necessidade de construir sociedades inclusivas e justas.