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Catarina Furtado quer mais ação da Cplp para temas sobre população

Catarina Furtado quer mais ação da Cplp para temas sobre população

Embaixadora da Boa Vontade vê momento de crise como motivo para direcionar investimentos para direitos humanos; para a atriz, mais educação sexual na escola ajudaria a evitar gravidez na adolescência.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A embaixadora da Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População, Unfpa, pediu uma posição mais forte do bloco dos oito países de língua oficial portuguesa, incluindo Portugal, sobre educação sexual.

Catarina Furtado falava à Rádio ONU, de Lisboa, após um evento que abordou a parceria e a cooperação com vista a atingir as metas da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, Cipd.

Desafios

A apresentadora da TV portuguesa, RTP, falou do seu papel no projeto de ajuda aos necessitados.

Na conversa, a embaixadora referiu-se às metas sobre a população para depois do prazo de cumprimento dos Objetivos do Milénio, nos próximos anos, tendo pedido um maior  contributo de países lusófonos.

Necessidades

“No que diz respeito aos países lusófonos, eles falam a língua. Há um lado afetivo que também conta quando se fazem essas reportagems e esta tentativa de por na ordem do dia as necessidadades efetivas das pessoas. Acho que é fundamental que haja da parte do nosso próprio governo e no contexto da Cplp e do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Naquilo que me diz respeito, enquanto embaixadora do Fundo e daquilo que acho que está muito provado - da eficácia dos projetos que o Unfpa desenvolve tendo como último objetivo a erradicação da pobreza para todos os efeitos - deveria haver uma posição mais forte e presente no contexto da Cplp e no contexto do governo portugues junto ao Unfpa”, disse.

Questões como o planeamento familiar, género e saúdes sexual e reprodutiva marcaram a Conferência “Cipd Para Além de 2014.”

Novos Lares

Para Catarina Furtado, deve ser levado em conta o que chamou “novas formas de família”, marcadas por diferentes identidades sexuais, etnias e lares.

A apresentadora refere que tais elementos marcam os desafios populacionais para os próximos anos, e devem ser abordados mesmo diante das  dificuldades económicas.

Contexto de Crise

“A participação, a contribuição é absolutamente necessária, mesmo que seja em menor quantia. Evidentemente, as coisas estão diferentes no contexto da crise. Mas acho que isso é um recado que queria aqui deixar porque acho que é mesmo importante para nós”, referiu.

Até para países de continentes como a Europa, a embaixadora vê a educação sexual no nível do ensino primário como chave para resolver questões populacionais.

Perante a crise que afeta nações como Portugal, Catarina Furtado ressalta que as dificuldades têm impacto na população, e esperando que o momento sirva para um foco dos investimentos para os direitos humanos.