OMS diz que baixas de somalis subiram quase metade em Kismayo
Cidade portuária é vulnerável a deslocamentos e ao acesso limitado aos cuidados de saúde; pelo menos 70 pessoas morreram devido a confrontos tribais, minas e granadas em junho.
Eleuterio Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Combates entre grupos rivais na cidade portuária somali de Kismayo mataram pelo menos 71 pessoas em junho. A área teve um aumento de confrontos, aliado a incidentes causados por minas e granadas de mão.
No país do Corno de África, a Organização Mundial da Saúde, OMS, registou o tratamento de 314 pessoas, incluindo dezenas de casos encaminhados para hospitais que incluem os da capital, Mogadíscio.
Mulheres e Crianças
A agência diz que os ferimentos e as mortes podem ser muito maiores do que os que chegaram aos hospitais, apesar de ainda não poderem ser confirmados. Os dados de junho incluem 20 baixas em mulheres e crianças.
Na região, continuam os ataques marcados pelo o que a OMS chama de “profundo impacto sobre os civis e o trabalho de auxílio humanitário na região do Baixo Juba.”
Devido ao fenómeno, a agência da ONU aponta para consequências, como mais deslocamentos, limitação do acesso aos cuidados de saúde e maior risco de surtos de cólera e de outras doenças transmissíveis.
Campanha
Os incidentes violentos em Kismayo ditaram o adiamento de uma campanha contra a poliomielite, que deve “ocorrer quando a situação o permitir.”
Comparativamente a maio, o aumento de baixas foi de 44%, enquanto no primeiro semestre, o Hospital Geral de Kismayo registou 661 casos provocados por acidentes relacionados com armas de fogo.