FMI fala de gastos altos para uso de riqueza mineral em Moçambique
Novo acordo trienal entre o órgão e o país entra em vigor após 31 de Julho; previsões indicam crescimento económico contínuo a refletir expansão da indústria de recursos naturais.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Fundo Monetário Internacional, FMI, disse que o aproveitamento da riqueza de recursos naturais de Moçambique vai “exigir um elevado nível de gastos com infraestrutura.”
A constatação faz parte da nota de aprovação do Instrumento de Apoio a Políticas, emitida pela direção do órgão que, entretanto, não adianta montantes. O novo acordo de três anos entra em vigor após expirar o prazo do atual, a 31 de Julho.
Indústria Extrativa
Para o FMI, a estratégia de desenvolvimento das autoridades moçambicanas carece de uma adaptação à contribuição crescente da indústria extrativa para a economia. Dados oficiais apontam para o crescimento do Produto Interno Bruto na ordem de 7,4% em 2012.
Foi igualmente recomendada a modernização contínua da gestão das receitas e das finanças públicas do país, que se considera estar “preparado para um forte crescimento económico contínuo, a médio prazo”. O fenómeno deverá refletir a expansão da produção na indústria de recursos naturais, aponta o órgão.
Investimento
O FMI considera fundamental que o ritmo de investimento público seja compatível com a capacidade de absorção e de sustentabilidade da dívida de Moçambique.
As autoridades locais foram, por isso, aconselhadas a reforçar a gestão da dívida a médio prazo, bem como a seleção e implementação do projeto.
De acordo com a nota, o sistema bancário mostrou-se resistente durante a crise financeira global. O FMI considera, entretanto, importante que seja implementada vigorosamente a nova Estratégia de Desenvolvimento do Setor Financeiro.