Cólera mata 257 pessoas na RD Congo
Ocha informou que epidemia da doença é mais forte na província de Katanga; desde o início do ano já foram registrados mais de 11 mil casos.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária, Ocha, informou que a epidemia do cólera já matou 257 pessoas na província de Katanga, na República Democrática do Congo.
Segundo a agência da ONU, mais de 11 mil casos da doença foram registrados desde o início do ano.
Epidemia
As autoridades disseram que a epidemia está concentrada em Lubumbashi, a principal cidade da região do sudeste, onde 6 mil pessoas contraíram cólera desde maio.
As agências humanitárias em operação na área alertam que a epidemia está sendo causada pela falta de saneamento básico e de água potável, especialmente entre a população deslocada por causa da violência.
Higiene
O porta-voz do Ocha, em Genebra, Jens Larke, disse que os parceiros da agência estão focalizando os trabalhos no serviço de tratamento da água e informações de higiene para conter o avanço da doença.
Larke afirmou que pelos cálculos das agências humanitárias, serão necessários mais US$ 1,9 milhão, o equivalente a R$ 4 milhões, para implementar projetos de saneamento, higiene e fornecimento de água na região, até o fim do ano.
Confrontos
Segundo o porta-voz, muitas das áreas mais atingidas pelo cólera são altamente inseguras e de acesso limitado por causa dos confrontos entre o exército congolês e integrantes da milícia Mai-Mai e, também da milícia contra outros grupos armados.
Larke afirmou que a província de Katanga tem sido considerada uma região estável nos últimos anos, mas devido a proliferação dos grupos armados, a área registra agora aproximadamente 350 mil deslocados internos.
Além da epidemia do cólera e insegurança, a falta de comida é um grande problema na província, onde 1,2 milhão de pessoas sofrem de insegurança alimentar.