Onusida saúda primeiros contribuintes africanos para fundo da agência
Diretor executivo da agência diz que decisão do Congo e do Senegal revela liderança do continente na resposta internacional à sida.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Autoridades do Congo e do Senegal tornaram-se as primeiras contribuintes financeiras de África para o Programa Conjunto da ONU sobre o HIV/Sida, Onusida.
Sem revelar os montantes, a agência considerou a decisão “histórica” no âmbito do que chama liderança demonstrada pelos Estados-membros da União Africana para fazer avançar o Roteiro sobre a Responsabilidade Partilhada e da Solidariedade Global.
Respostas Sustentáveis
O documento, adotado no ano passado, é composto por um conjunto de soluções que foram avançadas pelos países do continente para melhorar respostas sustentáveis para combater a sida, a tuberculose e a malária no continente.
Estima-se que nos últimos dez anos, as novas infeções anuais pelo HIV caíram em mais de 25% em 22 países africanos. Por outro lado, o número de doentes com acesso ao tratamento antirretroviral cresceu 100 vezes mais no mesmo período, aponta o Onusida.
Liderança
O diretor executivo da agência, Michel Sidibé, disse acreditar que a decisão dos dois países em relação à entidade demonstra a liderança da África na resposta internacional à sida.
Até 2015, o roteiro prevê que os modelos de financiamento sejam mais diversificados, equilibrados e sustentáveis.
Compromissos
Por outro lado, é defendido o acesso à produção de medicamentos, para que seja local e com regulamentação harmonizada. O último objetivo é a sustentabilidade na liderança na gestão e na supervisão.
O documento também lança um apelo aos governos africanos e parceiros internacionais para que custeiem conjuntamente as lacunas de financiamento, “investindo a sua parte tendo em conta as suas capacidades e compromissos anteriores.”