Para FMI, Timor-Leste fez progressos substanciais desde a independência

Equipe do Fundo Monetário Internacional encerra missão ao país do sudeste asiático; fundo de petróleo timorense vale cerca de US$ 13 bilhões.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York. 

Uma equipe do Fundo Monetário Internacional encerrou uma visita à capital do Timor-Leste, Díli, para debater a situação econômica do país de língua portuguesa no sudeste da Ásia.

A missão foi liderada por Neil Saker, que destacou “progressos substanciais” feitos pela nação ao entrar na sua segunda década de independência.

Crescimento Econômico

O representante do FMI notou a presença de 13 anos da missão da ONU no Timor, encerrada em dezembro; as eleições presidenciais do ano passado e o Plano de Desenvolvimento Estratégico do país.

Segundo Saker, o fundo de petróleo do Timor-Leste vale agora US$ 13 bilhões, equivalentes a R$ 28 bilhões. Ele ressaltou que a economia timorense cresceu rápido nos últimos anos, cerca de 12% de 2008 a 2012.

O chefe da missão do FMI disse que o crescimento ocorreu pelo aumento dos investimentos do governo na administração pública e no setor da construção.

Inflação

Mas Saker nota que a inflação no Timor-Leste está alta, ficando a mais de 10% no ano passado, reflexo da forte demanda do crescimento. A alta inflação prejudica a geração de empregos no país.

O FMI elogiou o orçamento de longo prazo aprovado pelo governo, que antecipa uma moderação do aumento dos gastos públicos. Segundo o órgão, os benefícios serão vários, como a redução da pressão inflacionária e a redução da pobreza.

De acordo com o FMI, ao eliminar os excessos de saques do fundo do petróleo, o governo poderá também colocar o orçamento público num caminho sustentável a longo prazo.

Neil Saker recomenda ao Timor-Leste priorizar financiamento de rodovias, portos, aeroportos e diz que o desafio será gerar mais gastos na manutenção da saúde e da educação.