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Obras sobre Vasco da Gama e Timor-Leste nas Memórias do Mundo

Obras sobre Vasco da Gama e Timor-Leste nas Memórias do Mundo

Diário do navegador português na sua primeia viagem para a Índia, feita entre 1497 a 1499, e documentos audiovisuais sobre o nascimento da nação timorense juntam-se a duas coleções apresentadas pelo Brasil.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

As memórias da primeira viagem de Vasco da Gama para a Índia, de 1497 a 1499, e a coleção de documentos audiovisuais de Max Stahl sobre o nascimento da nação de Timor-Leste passaram a integrar o Registo da Memória do Mundo.

Os pedidos foram aprovados pelo Comité Internacional do Programa Memória do Mundo, reunido até esta sexta-feira em Gwangju, na Coreia do Sul. Os documentos passaram para o Património Mundial.

Curso da História

A aprovação das propostas coube à diretora-geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, Irina Bokova. A medida seguiu-se à recomendação do comité, que classifica as obras.

O diário do navegador português, Vasco da Gama, é tido como fonte de “testemunho da viagem pioneira para a Índia, num dos momentos decisivos que mudaram o curso da história.”

A viagem, além de ser considerada um dos maiores pedaços da navegação europeia da época, “agiu como um catalisador para uma série de eventos que mudaram o mundo.”

Causa Comum

A coleção timorense é composta pelos considerados documentos -chave de eventos que transformaram o destino de uma comunidade distante dos centros de poder e de interesses comuns numa causa partilhada pelo mundo.

De acordo com a Unesco, as imagens e relatos documentam a história de “uma nova nação que nasceu, em parte devido à transmissão do sofrimento em milhões de telas numa dimensão pouco imaginada.”

Nesta terça-feira, a agência aprovou a entrada na lista de mais de 2 mil documentos do imperador D. Pedro II do Brasil e de quase 9 mil arquivos do arquiteto Oscar Niemeyer.