Uganda perde US$ 899 milhões por ano devido à má nutrição
Valor representa mais de 5% do Produto Interno Bruto do país; novo estudo Custo da Fome em África lançado esta terça-feira.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
A má nutrição está a custar ao Uganda centenas de milhares de dólares por ano em perdas de produtividade, aponta um novo estudo lançado esta terça-feira.
O documento está a ser divulgado pelo Programa Mundial de Alimentos, PMA. Os dados sobre o Uganda são os primeiros a sair do levantamento feito em 12 nações.
PIB
O “Custo da Fome em África” calcula que o país perca US$ 899 milhões por ano, o que representa 5,6% de seu Produto Interno Bruto. Uma das razões é a baixa produtividade de trabalhadores que adoecem pela falta de nutrição adequada durante a infância.
Segundo o primeiro ministro ugandês Amama Mbazi, o país precisa com urgência de investir em medidas em torno da nutrição e em políticas que garantam economias para o governo e famílias do Uganda.
Anemia
O relatório informa que a desnutrição infantil leva muitas crianças a sair da escola ou a ter um baixo rendimento. Com isso, o país perde US$ 116 milhões por ano.
Já a baixa produtividade no setor agrícola leva o Uganda a perder outros US$ 201 milhões todos os anos. Para tratar casos de diarreia, anemia e infecções respiratórias causadas pela baixa nutrição, o governo gasta US$ 254 milhões.
Nanismo
O PMA ressalta que o Uganda tem uma das economias a crescer com mais rapidez em África, mas os progressos não são suficientes para diminuir os altos níveis de má nutrição.
Cerca de 5% das crianças ugandesas sofrem de nanismo, uma condição desenvolvida pelo bebé ainda no útero, que resulta em perda de nutrientes essenciais, como proteínas, vitaminas e minerais.
Segundo o PMA, nas próximas semanas serão divulgados os resultados do estudo sobre a nutrição no Egito, Etiópia e Suazilândia.
*Apresentação: Denise Costa.