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ONU: conflitos armados criam ameaças sem precedentes para crianças

Conclusão está no relatório apresentado pelo Secretário-Geral no Conselho de Segurança; documento mostra que os menores continuam sendo assassinados e sofrendo abusos sexuais.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A ONU afirmou que nos últimos anos as táticas usadas nos conflitos armados estão criando ameaças sem precedentes para as crianças.

A conclusão consta do relatório sobre Crianças em Conflitos Armados, apresentado esta segunda-feira, no Conselho de Segurança.

Desafios

O documento, preparado pela representante do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, para o assunto, Leila Zerrougui, descreve os desafios gerados pelo impacto da violência.

Segundo Ban, as crianças estão mais vulneráveis por causa da ausência de uma definição clara dos oponentes, do aumento do uso de táticas de terrorismo por alguns grupos armados e de certos métodos utilizados pelas forças de segurança.

Escudo Humano

O relatório diz que os menores estão sendo usados como homens bomba e também servem de escudo humano. As escolas continuam sendo atacadas e são usadas para fins militares.

Entre as graves violações mencionadas no documento estão assassinatos de crianças, recrutamento militar e violência sexual.

Países

O relatório mostra que os problemas acontecem, principalmente, em países da África, Oriente Médio e Ásia, como por exemplo, na República Centro-Africana, República Democrática do Congo e Mali.

O documento fala também do Exército de Resistência do Senhor, grupo que age na região da África Central.

Ainda na lista estão Iraque, Líbano, Síria e os territórios palestinos ocupados, incluindo leste de Jerusalém e Israel. Na Ásia, o documento cita o Afeganistão, e Mianmar.

A Colômbia também foi incluída no relatório pelos problemas com as Forças Armadas Revolucionárias, Farc.

Solução

Para solucionar o problema, a ONU sugere um diálogo aberto entre as partes envolvidas na disputa, assim como, a implementação de leis que protejam as crianças.

O documento cita ainda a aplicação de sanções contra os governos ou grupos que violarem as leis.