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ONU quer fim da proibição de entrada de seropositivos em 45 países

ONU quer fim da proibição de entrada de seropositivos em 45 países

Na Assembleia Geral, Secretário-Geral disse que menos de um terço de crianças que vivem com HIV são tratadas; segundo a ONU, uma mulher é infetada por minuto.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Secretário-Geral das Nações Unidas pediu que sejam revogadas leis que impedem a entrada, estadia e residência de pessoas que vivem com HIV em cerca de 45 países e territórios.

Ban Ki-moon discursava, esta segunda-feira, numa sessão da Assembleia Geral que avaliou os progressos alcançados na área. No pronunciamento, o chefe da ONU considerou as restrições de leis discriminatórias.

Financiamento

O encontro debateu a aplicação da Declaração de Compromisso sobre o HIV/Sida e os anúncios políticos sobre o tema.

Para Ban, no geral foi alcançado o Objetivo de Desenvolvimento do Milénio com vista a deter e a reverter a propagação da Sida até 2015. Mas apontou a necessidade de se fazer mais, para cada país e comunidade, com um financiamento adicional para realizar a visão em pleno.

Em mais de 56 nações, a epidemia estabilizou, ou foi revertida a taxa de novas infeções pelo vírus que provoca a Sida. A nível global, as novas infeções diminuíram em um quinto desde 2001, refere a ONU.

Mulher

Ban destacou, entretanto, que pessoas do sexo feminino ainda estão expostas ao risco de contrair o HIV, tendo referido que uma mulher é infetada por minuto.

De acordo com o Secretário-Geral, o acesso das crianças ao tratamento continua baixo, com menos de um terço dos menores que vivem com HIV a ser tratado como necessita.

Discriminação

Além das leis punitivas tanto contra pessoas que vivem com HIV ou as que estejam expostas ao alto risco de infeção, foram apontados desafios como o estigma generalizado, a discriminação e a violência de género.

Para Ban Ki-moon, tais problemas não podem ser resolvidos com mais dinheiro, tendo pedido a intensificação da  coragem e da integridade com vista a proteger os “membros vulneráveis da família humana.”