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Caso de Moçambique abordado em fórum africano de políticas de género

Caso de Moçambique abordado em fórum africano de políticas de género

Em Dar-es-Salam, evento apoiado pela ONU Mulheres abordou iniciativas locais sensíveis ao género; mencionadas iniciativas de saúde, água e aumento da capacidade de participação na governação.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Um fórum africano analisou, até esta sexta-feira, a introdução de programas de saúde e de água em Moçambique, após formações que permitiram uma maior autonomia das mulheres.

A iniciativa introduzida pelo Programa de Desenvolvimento Local Sensível ao Género, com a sigla em inglês Geld, também permitiu o acesso feminino aos documentos de identidade, refere a ONU Mulheres.

Desenvolvimento

A entidade apoiou um evento que reuniu delegados africanos na capital tanzaniana, Dar-es-Salaam, até esta sexta-feira. O objetivo era discutir a promoção do desenvolvimento local sensível ao género.

Falando da capital tanzaniana para a Rádio ONU, a coordenadora do Geld em Moçambique, Josina Nhantumbo, destacou os passos dados pela iniciativa implantada na província do Niassa, no norte.

Necessidades

“A manifestação de técnicos, que mostram que está fortalecida a sua capacidade em questões de planificação e orçamentação em termos de género. Temos, também, o caso de mulheres e homens que mostram acrescida a sua capacidade de participar nos processos de governação local. O facto do próprio governo já estar sensível aos interesses e necessidades específicos de homens e mulheres, além de resultados físicos em termos de projetos de grande impacto de mulheres que resultam desse processo de planificação em que homens e mulheres manifestam as suas necessidades”, afirmou.

Além de Moçambique, Ruanda, Senegal, Serra Leoa e Tanzânia foram o centro das atenções do Fórum de Política Regional do Geld,  organizado pelo Governo da Tanzânia e o Fundo de Desenvolvimento de Capital das Nações Unidas.

Liderança Local

A discussão das experiências-piloto do programa reuniu funcionários da ONU, especialistas em género e delegados ministeriais do governo local dos cinco países.

A intenção era abordoar o apoio às reformas para melhorar a prestação de serviços e alinhar as instituições Geld, com vista a capacitar as mulheres na liderança local e no desenvolvimento económico.