Ban pede forças para os Montes Golã, após anúncio da saída da Áustria
País contribuiu com mais de um terço de homens para a missão; Secretário-Geral condena ferimento de dois capacetes azuis em combates entre o exército sírio e a oposição na área entre o país e Israel.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O Secretário-Geral disse ter tomado conhecimento, esta quinta-feira, da decisão da Áustria de retirar as suas tropas da Força Observadora de Desengajamento dos Montes Golã, Undof.
De acordo com a organização, o país conta com 377 efetivos dos 911 soldados que compõem a missão. Os outros contribuintes são as Filipinas e a Índia.
Síria e Israel
Em nota, Ban Ki-moon lamenta a decisão, que se seguiu ao que chamou “contribuição duradoura e valiosa” para as tropas que monitoram o acordo sobre a área firmado entre Síria e Israel, em 1974.
O anúncio seguiu-se a informações de agências noticiosas apontando para pesados confrontos na região de Quneytra. A área próxima do território israelita é monitorizada pelas tropas e teria sido invadida por grupos da oposição síria, apontam os relatos.
Combates
Em declarações a jornalistas, em Nova Iorque, o porta-voz do Secretário-Geral, Martin Nesirki, disse que intensos combates entre forças antigovernamentais e do exército teriam tido lugar dentro da zona de separação nas proximidades do local.
O chefe da ONU condena o ataque que, esta quinta-feira, provocou dois feridos entre os soldados da Undof. Ele sublinhou que qualquer atividade militar na área de separação têm o potencial de aumentar as tensões entre Israel e a Síria e de perigar o cessar-fogo entre os dois países.
Novos Contribuintes
Ban pediu às s partes do conflito que garantam que a anunciada retirada das tropas austríacas decorra de forma ordenada.
O Secretário-Geral disse estar em contacto com os Estados-membros com vista a identificar urgentemente novos contribuintes ou contribuições adicionais para a força de observadores.
Em maio, quatro capacetes foram libertados após dias de detenção nas imediações da área. O incidente seguiu-se à libertção de outros 21 após passarem três dias detidos por um grupo rebelde da Síria.
*Apresentação: Denise Costa.