OIT quer entidades laborais unidas para ajudar a testar milhões para o HIV
Testes voluntários e confidenciais devem envolver 5 milhões de mulheres e homens; estima-se que quatro em cada dez pessoas que convivem com o HIV não sabe que tem o vírus.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
Um apelou foi lançado aos Ministérios do Trabalho e organizações laborais para que estejam aliados para incentivar a testagem de 5 milhões de mulheres e homens para o HIV.
O alvo deve ser atingido até 2015, refere um comunicado emitido nesta quinta-feira pela Organização Internacional do Trabalho, OIT, e pelo Programa Conjunto da ONU sobre HIV/Sida, Onusida.
Aconselhamento
O chefe da OIT, Guy Rider, disse que quer “mobilizar o poder da agência para o projeto de teste e aconselhamento, batizado de VCT@ Work, na sigla em inglês.
As análises, que são voluntárias e confidenciais, visam assegurar que as pessoas que têm o vírus recebam tratamento e apoio dos serviços de saúde.
Vidas Produtivas
A rápida ampliação da terapia antirretroviral, nos últimos anos, proporcionou o tratamento para o HIV de 8 milhões de pessoas. Os medicamentos permitem que os seropositivos possam viver mais tempo e de maneira mais saudável, além de ter vidas mais produtivas.
O Onusida estima que 7 milhões de seropositivos que têm o direito, não estão a ter acesso ao tratamento. Além disso, 40% das pessoas que vivem com o HIV em todo o mundo não sabem que tem o vírus e, por isso, não podem ser tratadas. Em alguns países, o número ultrapassa os 50%.
Acesso
Para o chefe do Onusida, caso o local de trabalho abrace a iniciativa do teste voluntário e confidencial, a luta contra a doença e pelo acesso ao tratamento dará um passo muito importante.
A iniciativa é parte dos esforços para com vista a alcançar as Metas do Milénio da ONU. O alvo para 2015 é atingir 15 milhões de pessoas com tratamento para o HIV.
*Apresentação: Eleutério Guevane.