África: Primeiras-damas reafirmam respeito aos direitos de seropositivos
Organização contra o HIV/Sida quer envolvimento de jovens no centro da resposta à infeção em simpósio realizado no Japão; Onusida saúda partilha de experiências e exploração dos progressos na área com o Japão.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Um grupo formado por esposas de chefes de Estado africanos reafirmou a necessidade de se aliar o respeito pelos direitos das pessoas vivendo com HIV/Sida ao envolvimento dos jovens no centro da resposta à infeção.
As representantes integram a Organização das Primeiras Damas Africanas contra HIV /Sida, Oafla, que pretende contribuir para reduzir as novas infeções pelo vírus na população do continente.
A intenção foi manifestada num simpósio intitulado “Vamos Falar sobre Sida: África e os Desafios Comuns com o Japão”, à margem da 5ª. Conferência de Tóquio sobre o Desenvolvimento de África, Ticad V, em Yokohama, no Japão.
Partilha
A medida foi enaltecida pelo Programa Conjunto da ONU de Combate ao HIV/Sida, Onusida, pela ideia de partilha de experiências e da exploração dos progressos alcançados na área entre o Japão e as nações africanas.
A África Subsaariana, a região mais afetada do mundo, registou cerca de 1,8 milhões de infectados no ano passado.
A primeira-dama do Japão, Akie Abe, disse ter percebido que o combate à epidemia deve ser conjunto, após contactos com pessoas que convivem com o problema terem revelado “questões relevantes para o seu país.”
Liderança
O diretor executivo adjunto do Onusida, Jan Beagle destacou os progressos realizados na África, sob a liderança da Oafla, tendo ressaltado a importância do investimento em mulheres e meninas.
A prevenção e tratamento do HIV/Sida integra o Plano de Ação de Yokohama para o período 2013-2017, que marcou o desfecho do evento.
Ferramentas
A recomendação do documento é que especial atenção seja dada aos esforços para reduzir o problema com ferramentas que incluem a promoção de intervenções de baixo custo.
Os objetivos da Oafla vão desde a promoção da prevenção da transmissão vertical, bem como a contínua educação, informação e comunicação dentro e fora das escolas.