Unami afirma que mais de mil iraquianos morreram em maio
Segundo representante da ONU no Iraque, número é um “triste recorde”; atos de terrorismo e violência, como uso de explosivos e de carros-bomba, deixaram ainda mais de 2,3 mil feridos.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
Segundo a Missão das Nações Unidas de Assistência ao Iraque, Unami, 1,045 iraquianos foram assassinados e outros 2,397 ficaram feridos durante atos de terrorismo e de violência no mês de maio. A informação foi divulgada no sábado.
Entre o total de mortos, 963 eram civis e os outros 82, membros das Forças de Segurança Iraquianas. Os civis também estavam entre a maioria dos feridos.
Ação
Para o representante especial da ONU no Iraque, Martin Kobler, este “é um triste recorde”. De acordo com ele, “os líderes políticos iraquianos precisam agir imediatamente e pôr um fim ao derramamento de sangue”.
A Unami afirma que Bagdá foi a cidade mais afetada, onde 1,8 mil civis sofreram com a violência, sendo que 532 morreram e mais de 1,2 mil ficaram feridos. A seguir, vem as províncias de Salahuddin, Ninewa, Anbar, Diyala e Kirkuk.
Explosivos
A missão da ONU contabilizou pelo menos 560 incidentes de segurança em diferentes partes do Iraque. O uso de explosivos matou e feriu mais de 800 civis. Já carros-bomba mataram e feriram um total de 1,4 mil pessoas. E incidentes com armas de pequeno porte atingiram pelo menos 470 civis, entre mortos e feridos.
No domingo, Martin Kobler elogiou um encontro de líderes políticos iraquianos, com a presença do primeiro-ministro, Nouri Al-Maliki, representantes do Parlamento e personalidades religiosas.
Na opinião do representante da ONU, “um diálogo construtivo entre líderes do Iraque é o único meio de tirar o país da atual crise política”. Kobler disse esperar que a reunião leve a uma ação decisiva pelo fim das diferenças políticas, que seria do interesse do país e do seu povo.