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Síria: Ban pede partes do conflito que deixem sair civis de Qusayr

Síria: Ban pede partes do conflito que deixem sair civis de Qusayr

Escritório dos Direitos Humanos diz que pelo menos 1,5 mil feridos precisam de evacuação imediata; Secretário-Geral reiterou às partes do conflito que estão sob os olhos do mundo.

O Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon,  disse este sábado que está a acompanhar com grande preocupação a situação na cidade síria de Qusayr, onde combates são travados nos últimos dias.

O Escritório dos Direitos Humanos da ONU aponta para a existência de cerca de 1,5 mil feridos a precisar de evacuação imediata com vista a receber tratamento médico de emergência. A cidade está situada a 10 km da fronteira com o Líbano.

Desespero

Para o escritório, a situação geral de Qusayr é de desespero, com relatos de ataques indiscriminados a bairros civis, além de graves violações dos direitos humanos e do direito internacional humanitário.

Em nota, emitida pelo seu porta-voz, Ban insta às partes a fazer o possível para evitar vítimas civis, no conflito entre forças do governo e opositoras. A organização estima que mais de 80 mil pessoas já morreram devido aos combates iniciados em 2011.

Ameaça de Milícias

O Secretário-Geral recorda ao Governo sírio da sua responsabilidade de proteger os civis sob o seu controlo, incluindo da ameaça de milícias. As partes foram exortadas a permitir que os civis isolados possam deixar a cidade.

Num momento em que decorrem os preparativos para uma conferência internacional sobre a Síria, o chefe da ONU disse às partes do conflito que estão sob os olhos do mundo. Ban alertou que estes serão responsabilizados por quaisquer atrocidades cometidas contra a população civil de Qusayr.

Cidades

Em relação às pessoas isoladas pelos combates, o Escritório dos Direitos Humanos referiu não ter números exatos, mas disse acreditar que mais de 10 mil pessoas teriam fugido para as cidades da região.

Os desalojados procuram abrigar-se temporáriamente em escolas e edifícios inacabados e precisam de comida, roupa, água potável e assistência médica, referem as Nações Unidas.