Conselho de Direitos Humanos vota nova resolução sobre violência na Síria
Em sessão de emergência, países exigiram acesso a agências humanitárias e condenaram combatentes estrangeiros; medida foi adotada por 36 votos a favor, oito abstenções e um voto contra (Venezuela); Brasil votou a favor e Angola se absteve.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
Uma nova resolução do Conselho de Direitos Humanos condenou a violência de ambos os lados no conflito da Síria, que já matou mais de 80 mil pessoas.
A votação ocorreu numa sessão de emergência para debater a situação na Síria e os recentes massacres e assassinatos de civis na cidade de Al-Qusayr que está agora sob comando de tropas sírias.
Brasil e Angola
A resolução foi adotada por 36 votos a favor, oito abstenções e um voto contra, o da Venezuela. Dos países de língua portuguesa, Brasil votou a favor do texto, e Angola se absteve. Ao todo, o Conselho tem 47 países. Cazaquistão e Quênia não compareceram à sessão.
No documento, os países condenaram também a presença de combatentes estrangeiros, dos dois lados do conflito, e exigiram o acesso de agências humanitárias às vítimas.
A resolução pede a investigação dos assassinatos de civis pela Comissão de Inquérito da Síria, que é presidida pelo professor brasileiro, Paulo Sérgio Pinheiro. O resultado da investigação deve ser incluído na próxima sessão do Conselho de Direitos Humanos.
Em mensagem, entregue durante um encontro sobre a Síria, em Teerã, capital do Irã, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que o país está se “desintegrando em frente dos olhos” da comunidade internacional.
Ban disse que a situação está criando condições para o radicalismo e aumentando a ameaça de uma desetabilização política em toda a região.