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ONU aumenta segurança no Haiti instalando postes de luz BR

ONU aumenta segurança no Haiti instalando postes de luz

Projeto “Luz e Segurança” está sendo implementado nas áreas mais vulneráveis da capital, Porto Príncipe; mais de 6 mil pessoas foram beneficiadas com a nova iluminação.

Damaris Giuliana, enviada especial ao Haiti.*

A ONU está aumentando a segurança no Haiti com a instalação de postes de luz que funcionam à base de energia solar nas áreas mais vulneráveis da capital, Porto Príncipe.

O projeto “Luz e Segurança”, é coordenado por militares brasileiros e patrocinado pela Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, Minustah.

Violência

Segundo a ONU, esse é um projeto de baixo custo que está ajudando a aumentar o bem-estar da população e reduzir a violência na cidade.

Lucie Nazon, que mora em Cité Soleil, uma das áreas mais perigosas da capital, falou sobre os benefícios do projeto.

Ela disse que quando ficava escuro, todos tinham que ir para casa. Segundo ela, os ladrões vinham roubar. Agora, Nazon afirma que é possível ficar conversando até mais tarde na rua.

Já foram instalados mais de 120 postes num período de cinco meses, com benefício direto a 6,4 mil pessoas.

Missão de Paz

A violência na cidade também vem caindo por causa de iniciativas como a da Viva Rio, que atua no Haiti desde 2005.

Com apoio financeiro da Minustah, a ONG brasileira coordena um programa de reconciliação entre a Polícia Nacional do Haiti e a população.

A ONG faz mediação entre líderes de diversas áreas de Bel Air, Cité Soleil e Delmas e policiais, realizando reuniões mensais e treinando agentes comunitários.

Carnaval

O diretor-executivo da Viva Rio, Rubem César Fernandes, que está em Porto Príncipe, disse que o esporte e a cultura são usados como ferramentas nesse processo.

“O grande instrumento de pacificação foi o carnaval, a Páscoa e festas religiosas, tanto cristãs como de vodu. A mediação cultural vai dando suporte a um desejo de paz, porque sem a paz não tinha carnaval e as pessoas queriam o carnaval, queriam a paz”.

Segundo ele, desde abril a instituição tenta um acordo de paz envolvendo lideranças regionais, polícia e autoridades políticas. A negociação está sendo acompanhada por militares brasileiros.

* Apresentação: Edgard Júnior, com reportagem do Unic-Rio.