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Comissária dos Direitos Humanos fala de falha colossal na proteção de sírios

Comissária dos Direitos Humanos fala de falha colossal na proteção de sírios

Navi Pillay aponta existência de forças externas a agravar o conflito, em sessão especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

A alta comissária para os Direitos Humanos disse que a situação na Síria representa o que chamou de “uma falha colossal” na proteção dos civis do país.

Navi Pillay citou o agravamento da violência sectária devido ao aumento de combatentes estrangeiros na sessão especial do Conselho de Direitos Humanos que esta quarta-feira debateu a situação, em Genebra.

Massacres

Pillay disse ter recebido relatos de que tropas do governo e milícias simpatizantes do presidente Bashar al-Assad estariam a atacar civis apoiantes da oposição. Como referiu, decorrem massacres de forma impune no país árabe.

A representante sublinhou que ambos os lados do conflito estariam a envolver combatentes de outros países, no que pode acabar por “desestabilizar toda a região.

Saída Militar

Navi Pillay considerou, na abertura do evento, que não existe uma saída militar na Síria

Para a alta comissária, as diferenças políticas têm que ser colocadas de lado, neste momento. Segundo referiu, os países com influência sobre a Síria devem pressionar pelo fim dos combates e pela cessação do uso de armamento pesado, além de bombardeios em áreas civis.

Resolução

O Conselho de Direitos Humanos deve adotar uma nova resolução a condenar a violência dos rebeldes e do governo sírios, após o conflito de mais de dois anos que matou pelo menos 80 mil pessoas.

Navi Pillay afirmou que está “profundamente preocupada” com a segurança de civis que estão em Al-Qusayr, a cidade que teria retornado ao controlo do governo. Relatos apontam para a morte e ferimento de centenas de civis em bombardeamentos no local.

*Apresentacão: Eleutério Guevane.