Cepal e OIT preveem queda do desemprego na América Latina
Organizações acreditam que o índice deve cair para 6,2% neste ano; no Brasil, aumentam os trabalhos com carteira assinada; 15 milhões de pessoas estão desempregadas na região.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O desemprego na América Latina e no Caribe deve cair de 6,4 para 6,2% neste ano, o menor nível das últimas décadas. E a economia da região deve aumentar 3,5% em 2013.
As previsões estão no relatório “A Situação do Emprego na América Latina e no Caribe”, preparado pela Comissão Econômica para a região, Cepal, e pela Organização Internacional do Trabalho, OIT.
Cautela
A secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, e a diretora regional da OIT, Elizabeth Tinoco, disseram que “com respeito a 2013, existe um otimismo cauteloso sobre os mercados de trabalho.”
Segundo elas, se a projeção de um avanço de 3,5% da economia se confirmar, os indicadores para o setor deverão continuar melhorando gradualmente.
O relatório mostra que aproximadamente 15 milhões de pessoas estão desempregadas por toda a região.
Brasil
Segundo a OIT e a Cepal, apesar do fraco crescimento econômico do Brasil, 0,9%, o índice de criação de empregos em seis das principais metrópoles do país subiu meio ponto percentual.
O documento explica que os trabalhos com carteira assinada no Brasil aumentaram entre 2011 e 2012.
O relatório mostrou ainda que o desempenho não foi homogêneo. Dos 14 países latino-americanos analisados, o índice de desemprego caiu em seis, permaneceu inalterado em cinco e subiu em três.
Caribe
Barbados, Jamaica, República Dominicana e Trinidad e Tobago viram a taxa de desemprego aumentar. Bahamas foi o único que registrou queda.
Outro fator importante, segundo o documento, é que o salário mínimo real subiu até 2,8%, dependendo do país, em 2012, um bom avanço se comparado ao 1,3% registrado no ano anterior.