Egito registra aumento nos índices de pobreza e fome
Em áreas urbanas, houve uma subida de até 40% no número de pobres, se comparado ao resultado entre 2009 e 2011; segundo o PMA, somente na capital, Cairo, 3,5 milhões de egípcios precisam de assistência alimentar.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*
Um estudo das Nações Unidas e de autoridades no Egito sugere que as taxas de pobreza e de má nutrição estão aumentando no país, nos últimos anos.
Cerca de 17% da população egípcia está vivendo na pobreza. O número representa 13,7 milhões de pessoas. Somente na capital Cairo, 3,5 milhões estão dependendo de ajuda alimentar.
Pesquisas
Os dados são do Programa Mundial de Alimentos, PMA. A taxa é de 3% acima do registrado em 2009. O levantamento foi realizado com dados do governo egípcio e do Instituto de Pesquisa de Políticas Alimentares.
Segundo o PMA, as crises políticas no país levaram a uma piora do quadro de desnutrição. Uma outra causa para a crise no Egito foi o surto de gripe aviária em 2006, seguido pelas crises dos alimentos e econômica em 2007.
Renda
Nas áreas urbanas, até 40% das pessoas estão vivendo na pobreza, se comparado aos números de 2009 e 2011. Já nas zonas rurais, a taxa de pobres é de 51,5%. Atualmente, cada família gasta em média mais de 40% de sua renda na compra de alimentos.
Segundo o PMA, para que seja determinada a segurança alimentar, todas as pessoas precisam ter acesso suficiente à comida nutritiva e que satisfaça as necessidades alimentares básicas.
A agência da ONU alertou ainda para à questão do baixo crescimento das crianças egípcias, principalmente entre seis meses e cinco anos de vida.
*Apresentação: Mônica Villela Grayley.