Falta de dinheiro preocupa agências humanitárias na Coreia do Norte
ONU e seus parceiros viram uma redução drástica dos fundos nos últimos 10 anos; agências dizem que assistência deve ter como base as necessidades humanitárias e não considerações políticas.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária, Ocha, alertou que a falta de dinheiro está limitando as operações de ajuda na Coreia do Norte.
Na última década, a ONU e seus parceiros estão vendo uma drástica redução nas doações para o país que registra uma das mais duradouras emergências humanitárias do mundo.
Apoio
As agências de ajuda na Coreia do Norte argumentam que a assistência deve ter como base as necessidades humanitárias e não considerações políticas ou de segurança.
Segundo o Ocha, milhões de norte-coreanos vão continuar sofrendo sem o apoio da comunidade internacional.
Doações
Em 2011 e 2012, por exemplo, as doações vindas de 22 países passaram dos US$ 70 milhões, mais de R$ 140 milhões. Já neste ano, a ONU recebeu, até agora, menos de 20% do que necessita para financiar as operações até dezembro.
Para dificultar ainda mais a situação, o Ocha informou que muitos governos disseram que a Coreia do Norte não está mais sendo vista como prioridade humanitária ou para ajuda de desenvolvimento.
Agricultura
O país registrou uma boa colheita na agricultura, no ano passado. Isso levou a um avanço na questão da segurança alimentar, mas ao mesmo tempo, o nanismo e a falta de variedade de alimentos na dieta das crianças continuam sendo uma séria preocupação.
A Coreia do Norte registrou uma redução no número de mortes de mulheres durante o parto. Entre 2 mil e 2010, o número caiu de 120 para 81 óbitos por cada 100 mil nascimentos por ano.
As agências humanitárias alertam ainda que a falta de fundos vai dificultar o fornecimento de vacinas, principalmente para combater o sarampo, hepatite B e a poliomielite.