Receios de risco de saúde devido ao vírus da pólio selvagem na Somália
OMS investiga informações preliminares da existência da variante do tipo 1, que pode causar a forma mais grave da doença; recolhidas amostras de menina de 32 meses na região de Benadir, a leste.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, está a investigar informações preliminares da presença do vírus da pólio selvagem do tipo 1 na região costeira de Benadir na Somália.
Em nota, publicada esta terça-feira, em Genebra, a agência disse que se for confirmada a existência do micróbio, iria constituir um risco grave de saúde pública nacional e internacional.
Infeção
O WPV1 é tido como o causador da poliomielite paralítica em países onde a infeção é generalizada. Trata-se da forma mais grave da doença.
De acordo com a OMS, a 21 de abril, o vírus foi isolado a partir de amostras recolhidas numa menina de 32 meses que sofria de uma paralisia flácida aguda há três dias. A investigação também incluiu protótipos de três pessoas com quem a doente manteve contacto próximo.
Campanha
O estudo lançado em Banadir é o primeiro no país em cinco anos. A OMS deu conta do início, nesta terça-feira, de uma campanha de vacinação oral contra a poliomielite a decorrer até quinta-feira.
O objetivo é alcançar mais de 350 mil crianças da região menores de cinco anos na iniciativa que deverá ser seguida por uma série de atividades, incluindo campanhas em todo o país.
Em várias áreas do centro e do sul da Somália não são realizadas campanhas de vacinação há quatro anos, refere a agência das Nações Unidas.