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Chefe de forças no Haiti fala sobre redução e retirada das tropas BR

Chefe de forças no Haiti fala sobre redução e retirada das tropas

Em visita ao Brasil, líder civil da Minustah, Nigel Fisher, disse que a saída dependerá das discussões que tiver com autoridades brasileiras e de outros países contribuintes de tropas; mas segundo ele, a redução anual de contingentes militares já é uma realidade.

Damaris Giuliana, do Rio de Janeiro para a Rádio ONU.*

O chefe da Missão das Nações Unidas no Haiti e representante especial do secretário-geral no país está nesta semana na América do Sul para discutir uma “possível retirada” das tropas da ONU na ilha caribenha.

Na primeira parada de sua viagem oficial, no Brasil, Nigel Fisher disse que a saída dos militares tem que ser discutida com autoridades do país, uma vez que o Brasil é o maior contribuinte de tropas para a Minustah.

Calendário

Nesta entrevista à Rádio ONU, do Rio de Janeiro, Fisher disse que não existe um calendário para a saída, mas que uma redução anual dos soldados já é certa.

“O Brasil é o primeiro país com esta contribuição da América Latina, por isso é muito importante ter consultas para se discutir um acordo de como avançar.”

Esta é a primeira visita de Fisher à América do Sul. Ele deve ir ao Chile, a Argentina e ao Uruguai.

No próximo dia 1º de junho, a Minustah completa nove anos. Para Fisher, o sucesso será medido, principalmente, pelo tempo de duração da missão no país.

Retirada Gradual

Após o terremoto de 12 de janeiro de 2010, que deixou ao menos 220 mil mortos e 1,5 milhão de deslocados, o Brasil ampliou sua participação militar com o envio de um segundo batalhão, chegando a cerca de 2,3 mil homens.

As Nações Unidas indicam que a melhoria significativa da segurança tem possibilitado a retirada gradual das tropas.

Em abril deste ano, este segundo batalhão começou a ser desmobilizado e 430 soldados voltaram ao Brasil, assim como toneladas de equipamentos.

A próxima redução está marcada para meados de junho, quando 1,2 mil soldados brasileiros deixarão o Haiti.

Desde 2004, o Brasil comanda as tropas da ONU na ilha caribenha.

*Com reportagem do Unic-Rio.