Passar para o conteúdo principal

África com potencial para ultrapassar produção de energias fósseis

África com potencial para ultrapassar produção de energias fósseis

Estudo apoiado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente destaca registo de patentes e impulso da produção de energia limpa nos últimos anos; norte de África lidera geração de energia solar e eólica.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Um novo estudo defende a existência de oportunidades de África contornar as fontes de energia de combustíveis fósseis. Espera-se que o resultado seja a redução das emissões de gases do efeito de estufa, no que pode resultar em grandes benefícios para a saúde.

Menos de 1% dos pedidos de patentes relacionadas com a tecnologia limpa foram registadas no continente, diz o relatório “Patentes e Tecnologias de Energia Limpa em África”, foi publicado, esta segunda-feira, em Nairobi.

Potencial

A pesquisa foi levada a cabo pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma, e o Instituto Europeu de Patentes, EPO.

De acordo com os autores do estudo, África “revela um enorme potencial inexplorado para a geração de energia limpa, incluindo de energia hidrelétrica dos sete grandes rios para atender as necessidades africanas.

Capacidade

Por outro lado, é destacado o enorme potencial oferecido pelas energias solar, eólica e geotérmica. Estima-se que sejam utilizados apenas 4,3% da capacidade total da energia hidrelétrica do continente.

O estudo indica que últimos anos foram marcados por esforços impulsionar a produção de energia limpa em África. O norte lidera na produção de em energia solar e eólica, o Quénia na geotérmica e, a Etiópia, nas hidrelétrica e as ilhas Maurícias na bioenergia.

Barreira

Entretanto, o estudo aponta a propriedade intelectual, e as patentes em particular, como uma limitante na transferência de novas tecnologias limpas para países em desenvolvimento. Estas são tidas como uma barreira para o cumprimento de novos limites de emissão de Gases de Efeito Estufa, incluindo o CO2

O relatório constata que a maioria das patentes identificadas do continente dá da África do Sul, ao alertar para pouca atividade nos restantes Estados africanos.