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Crescimento da África Subsaariana impulsionado por exportações

Crescimento da África Subsaariana impulsionado por exportações

Relatório do FMI indica que economia regional deve atingir cerca de 5,5% entre 2013 e 2014; países lusófonos com potencial que vai desde a produção energética ao comércio.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O investimento em áreas ligadas às exportações foi citado como importante motor de crescimento para a África Subsaariana nos próximos anos num relatório do Fundo Monetário Internacional, FMI.

O estudo “África Subsaariana: Ganhando Força num Mundo a Várias Velocidades” tem previsões favoráveis, como reflexo de melhorias graduais da economia global. A economia regional deve crescer 5,5% entre 2013 e 2014, meio ponto percentual a mais do que no ano passado.

Lusófonos

Angola é considerado um dos Estados que, gradualmente, acumula riqueza financeira externa em fundos de riqueza soberana. Ao lado da Nigéria, o país teve a produção petrolífera a impulsionar o desempenho.

Cabo Verde é referido pela possibilidade de a produção da empresa de energia elétrica poder ser usada para o investimento. O relatório defende que a operação de privados pode fortalecer o desempenho do setor.

Reveses

Já a Guiné-Bissau está entre os Estados afetados por conflitos que enfrentaram reveses económicos significativos em 2012, ao lado do Mali.

Moçambique é citado pelo potencial de comércio oferecido pelos recursos energéticos como o gás, devido à distribuição desigual de fontes energéticas na África subsaariana.

Para São Tomé e Príncipe, que está  entre as economias de baixa renda,  o relatório destaca uma maior visibilidade do impulso económico com a exportação para parceiros da zona euro.

Políticas de Amortização

Para o FMI, as previsões positivas para a região são condicionadas à implementação de políticas macroeconómicas sólidas, embora a necessidade da combinação destas seja diferente entre os países.

Devido à existência de riscos, as economias de rápido crescimento com fracas políticas de amortização são encorajadas fazerem um ajuste para lidar com choques externos adversos. A medida deverá permitir a  salvaguarda de um crescimento a longo prazo e as necessidades de desenvolvimento, indica o FMI.

Fatores como a recuperação das inundações, a retoma da agricultura em regiões previamente afetadas pela seca e a normalização gradual da atividade em países pós-conflito devem apoiar o crescimento na região.