Espanha apoia São Tomé e Príncipe na conservação de tartarugas marinhas
Acordo foi firmado durante reunião da Rede de Reservas da Biosfera do Atlântico Leste, RedBios, da Unesco; turistas têm papel importante no uso sustentável de ilhas protegidas.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
A Ilha são-tomense do Príncipe recebeu a 11ª reunião da Rede de Reservas da Biosfera do Atlântico Leste, RedBios. O encontro foi organizado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco.
Na reunião, encerrada esta quinta-feira, foi discutido o desenvolvimento sustentável de ilhas e áreas costeiras, em especial de África.
Madeira e Açores
A RedBios é formada pelas Ilhas Canárias, em Espanha, Cabo Verde, Mauritânia, Madeira e Açores, em Portugal, Marrocos, Senegal e a Ilha de Príncipe.
O consultor da Unesco e realizador do encontro, António Abreu, confirmou à Rádio ONU, a partir de Príncipe, que foi firmada uma parceria para conservar tartarugas da região.
“O Príncipe vai contar e conta com todos os seus parceiros das outras Reservas da Biosfera do Atlântico, que vão disponibilizar competências técnicas e experiências. E entre os resultados da reunião, saiu a assinatura de um protocolo de colaboração entra uma das reservas, que é a Fuerteventura, nas Ilhas Canárias (Espanha), que vai disponibilizar toda a sua experiência, know-how e recursos humanos num projecto de cooperação em termos de conservação das tartarugas marinhas”, referiu.
Turismo
António Abreu ressalta a importância dos turistas para a conservação das ilhas que fazem parte da Rede de Reservas da Biosfera da Unesco. O especialista acredita ser possível aliar conforto e proteção das áreas.
“Estes destinos, estas Reservas da Biosfera, Açores, Madeira, Canárias, Cabo Verde, Ilha do Príncipe, constituem precisamente esses espaços únicos que felizmente a natureza ainda nos concede, constituem experiências únicas que estão ao dispor dos turistas, os quais devem respeitá-las, usá-las, usufruir e fazer parte delas”, declarou.
De acordo com o consultor da Unesco, as ilhas podem ser destino de um tipo de turismo sustentável, onde os visitantes não apenas consumam os recursos que estas oferecem.