Ilhas Marshall: milhares vivem com menos de quatro litros diários de água
OIM diz que situação deve-se à falta de chuvas; cerca de 3,2 mil pessoas estão em risco nas ilhas do norte do país da Micronésia.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Organização Internacional para Migrações, OIM, alertou para a situação humanitária precária vivida por milhares de pessoas nas Ilhas Marshall.
A agência refere que várias famílias vivem com um galão de água por dia, o equivalente a 3,8 litros no país da Micronésia. A quantidade é inferior à metade do padrão internacional definido para emergências.
Apoio Logístico
Em entrevista à Rádio ONU, de Lisboa, a representante da OIM em Portugal, Marta Bronzin, disse que o cenário pode levar a graves problemas de saúde.
“É uma situação de alerta bastante importante sobretudo considerando a dimensão das ilhas, a sua localização, o facto de estarem isoladas e um ambiente relativamente frágil. A OIM está, neste momento, a dar apoio logístico, através de armazém onde estão a ser guardados o material fornecido através do Governo dos Estados Unidos. Através de barcos do governo, estão a ser transportados contentores cheios de água e também kits para higiene pessoal porque são colocadas questões de saúde a nível individual e pública”, disse.
O Governo das Ilhas Marshall declarou o estado de emergência nas ilhas do norte do arquipélago, com 525 mil habitantes. Os territórios mais afetados estão entre o Havai e a Austrália com cerca de 3,2 mil pessoas em risco.
Preocupação Agravada
Devido aos “níveis pluviométricos excecionalmente baixos” e de insegurança alimentar a preocupação é agravada pelo facto de colheitas, plantas e árvores terem sido danificadas.
Pouco mais de quinhentas famílias das comunidades mais afetadas devem beneficiar do pacote de ajuda coordenado pela OIM.