Afeganistão recebe US$ 100 milhões do Banco Mundial para saúde
Dinheiro vai ser usado para financiar o sistema de atendimento nos hospitais; vão ser beneficiadas 22 das 34 províncias do país.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O Afeganistão vai receber US$ 100 milhões, aproximadamente R$ 200 milhões, do Banco Mundial para financiar um programa de melhorias no sistema de saúde.
O acordo foi firmado entre a Associação de Desenvolvimento Internacional do órgão e o Ministério das Finanças afegão.
Objetivo
O objetivo é ajudar o Ministério de Saúde Pública a expandir o alcance, a qualidade e a cobertura dos serviços básicos e essenciais de saúde nos hospitais.
O programa vai ser implementado em áreas rurais e urbanas em 22 das 34 províncias do país. Outra meta é fortalecer o sistema de saúde nacional e capacitar o Ministério da Saúde para que possa realizar suas funções de forma eficaz.
A ministra da saúde afegã, Suraya Dalil, afirmou que o apoio do Banco Mundial tem sido fundamental para ajudar o governo a salvar centenas de milhares de vidas, especialmente, mulheres e crianças.
Programa
O programa atual segue dois outros projetos já financiados pelo Banco Mundial. O total investido até agora chegou a R$ 670 milhões, desde 2003.
Nos últimos 10 anos, o Afeganistão registrou um progresso contínuo no setor de saúde. O número de clínicas e hospitais em 11 províncias, praticamente triplicou, passando de 148 para 432.
O número de trabalhadores de saúde treinados chegou a 20 mil, metade mulheres. O resultado direto foi um aumento da assistência ao planejamento familiar e na vacinação de crianças.
Gestantes
O Banco Mundial disse que agora, 50% das gestantes e das mulheres que estão amamentando recebem acompanhamento de especialistas sobre os recém nascidos e também sobre alimentação.
Além disso, mais de 60% dos bebês até os dois anos, estão sendo vacinados e 35% dos partos são feitos por médicos ou profissionais especializados.
Mas as autoridades alertam que apesar do progresso, o país ainda enfrenta sérios desafios.
O índice de mortalidade de crianças até 5 anos é maior do que a média de outros países de baixa renda. A taxa de má nutrição é uma das mais altas do mundo. Cerca de 55% dos menores de 5 anos estão desnutridos e mulheres e crianças sofrem com a falta de vitaminas e minerais.