Família Mandela participa da Semana de Segurança nas Estradas
Bisneta do ex-presidente sul-africano morreu num acidente de carro em 2010 quando voltava de um show durante a Copa do Mundo de futebol; tragédia mata 1,3 milhão de pessoas todos os anos no mundo inteiro.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A família do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, está participando ativamente da Semana Global de Segurança nas Estradas, promovida pela Organização Mundial da Saúde, OMS.
Em 2010, a bisneta do líder sul-africano, Zenani Mandela, de apenas 13 anos, morreu num acidente de carro quando voltava de um show durante a Copa do Mundo de futebol.
Perdas
A mãe da menina, Zoleka Mandela, disse que no mesmo dia em que perdeu a filha, mil outras famílias também perderam uma criança por causa dos acidentes de trânsito. Ela afirmou que os desastres continuam matando mil jovens diariamente.
Na quinta-feira, Kweku Mandela, prima da menina que morreu, vai participar de um evento para debater o problema.
Ela, a presidente da ONG Safe Kids Worldwide e especialistas do Banco Mundial vão discutir como melhorar a segurança de trânsito nas ruas, num mundo que está se urbanizando rapidamente.
Segundo a OMS, 1,3 milhão de pessoas morrem por ano nestes tipos de acidentes. Aproximadamente 90% deles acontecem em países de média e baixa rendas.
Causa
Os acidentes de trânsito representam a maior causa de morte entre os jovens de 15 a 24 anos. Essa “epidemia”, como foi classificada pelo Banco Mundial, corresponde a um fardo global maior do que as de doenças como a malária e a tuberculose.
O gerente do setor de transportes do órgão, Mark Juhel, disse que a menos que uma ação seja tomada, o número de pedestres feridos vai minar os esforços dos países para reduzir a pobreza.
Desafio
Os ferimentos causados pelos acidentes nas estradas causam problemas ao sistema de saúde dos países mais pobres. No Quênia, por exemplo, 60% dos pacientes do setor de traumatologia, se machucaram em batidas de carros.
O Banco Mundial está ajudando as nações neste desafio. A instituição apoiou a criação do Observatório Ibero-americano de Segurança nas Estradas, que ajuda 22 países latino-americanos e do Caribe.
As autoridades dizem que não há uma única medida para lidar com todos os riscos que os pedestres correm. Mas os especialistas dizem que alguns passos podem ser dados para melhorar a segurança desse grupo.
Eles explicam que a redução do limite de velocidade em apenas 5% pode diminuir o número de acidentes fatais em quase um terço.