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Estudo destaca necessidade de envolver diásporas no crescimento dos PMAs

Estudo destaca necessidade de envolver diásporas no crescimento dos PMAs

Para Angola, pesquisa do Unctad também pede uso de rendimentos do petróleo para beneficiar desenvolvimento da agricultura e indústria; especialista diz que Países Menos Avançados poderiam melhorar o benefício das remessas.

Herculano Coroado, da Rádio ONU em Luanda.

Os Países Menos Avançados, PMAs são um grupo de estados classificados pelas Nações Unidas como os menos desenvolvidos pelo o seu baixo Produto Interno Bruto, PIB, per capita, fracos recursos humanos e grande nível de vulnerabilidade.

O relatório de 2012 sobre esses países lançado em Luanda, a capital angolana.

Diversificação

Em entrevista à Rádio ONU, o economista da divisão para África, Países Menos Avançados e Programas Especiais da Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento, Rolf Traeger, falou sobre o caso de Angola.

“Houve, em alguns setores de atividade, especialmente o petrolífero, um grande desenvolvimento das capacidades produtivas, crescimento económico que resultou num crescimento das exportações e de crescimento económico. O desafio ao qual Angola se vê confrontado é fazer com que os rendimentos desse setor beneficiar o desenvolvimento de outras indústrias especialmente a agricultura e a indústria”, contou.

Políticas Corretas

O documento argumenta que com políticas corretas e apoio internacional, os Países Menos Avançados poderiam melhorar o benefício das remessas, do conhecimento e do know-how acumulado pelas suas diásporas.

Usando evidências e lições de políticas aplicadas por outros países, o relatório mostrou como os PMAs poderiam melhorar as remessas e o conhecimento das diásporas para construir capacidades produtivas.

Recessão

Relativamente à sua recente performance económica, o relatório argumenta que a incerteza na recuperação e económica mundial continua a ofuscar os fatores que permitiram que estes estados obtivessem maior taxa de crescimento económico entre 2002 e 2008.

Após uma ligeira melhoria em 2010, o grupo obteve resultados menos favoráveis em 2011, sinalizando grande desafios no futuro. Entretanto, se uma “outra recessão prejudicar a perspetiva de crescimento para as economias em desenvolvimento, os países menos avançados serão duramente atingidos.”