Sean Penn fala de redes sociais e da internet para desenvolver o Haiti
No Banco Mundial, ator pede condições para que a diáspora haitiana possa impulsionar setor privado do país caribenho; necessidade de espírito de parceria e de cooperação internacional destacados em visita ao órgão.
Eleuterio Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O ator e ativista norte-americano, Sean Penn, disse que é momento de aproveitar as oportunidades que são oferecidas para recuperar o Haiti.
Falando na sede do Banco Mundial, em Washington, o também fudador de uma ONG de auxílio ao país destacou que o crescimento da internet e das redes sociais têm mostrado aos jovens locais que o desenvolvimento é um direito humano.
Desastre
Sean Penn abordou o que chamou progressos notáveis desde o terramoto ocorrido em 2010. Foi na sequência do desastre, que matou pelo menos 220 mil pessoas, que fundou a JP HRO, com mais de 400 funcionários.
Penn destacou a existência do que chamou “enorme capital humano, inteligência, energia e capacidade de desenvolver relacionamentos” com os haitianos no exterior. Ele pediu condições para que a diáspora haitiana possa contribuir conforme a sua intenção.
Vontade
Como papel do grupo, o ator apontou a promoção do crescimento do setor privado, tido como um desafio de desenvolvimento para o Haiti. Ele referiu que no país caribenho há uma grande vontade de trabalhar.
À comunidade internacional, Penn pediu que esta continue a dar o seu apoio aos haitianos, apontando também a disposição dos locais em ser “os soldados da mudança.”
Acampamento
Com vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e Caraíbas, Hasan Tuluy, Penn destacou a “necessidade de identificar, trabalhar e de estar disposto a aceitar a orientação” dos cidadãos locais.
Entre as atividades feitas no país, a ONG de Penn ajudou a construir um centro comunitário num acampamento de desalojados numa área chamada Petionville, gerido com fundos do Banco Mundial. Um edifício reaproveitado acolhe crianças e várias atividades, incluindo a educação de adultos, executadas no âmbito comunitário.
Com base do exemplo, Penn destacou o espírito de parceria e de cooperação internacional como fundamental para a recuperação dos haitianos, que devido ao sismo tiveram pelo menos 1,5 milhão de desalojados.