Secretário-Geral da ONU condena assassinatos em Abyei BR

Secretário-Geral da ONU condena assassinatos em Abyei

Ban criticou duramente o ataque que levou a morte de líder da comunidade Ngok Dinka e de um boina azul; ele pediu ao Sudão e ao Sudão do Sul que resolvam a situação sobre o status final da região.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon condenou o ataque, neste sábado, que causou a morte de um líder da comunidade Ngok Dinka e de um boina azul das forças de paz em operação em Abyei, Unisfa.

Segundo o comunicado de Ban, a ação foi comandada por membros da comunidade Misserya contra um comboio da ONU que atravessava a região. Outros dois militares ficaram gravemente feridos no incidente.

Divisão

Abyei fica entre o Sudão e o Sudão do Sul e as duas comunidades estão divididas. A área é rica em recursos naturais, tem muito petróleo. Em janeiro, as autoridades tiveram de adiar um referendo que iria decidir a qual dos dois países a região passaria a pertencer.

A comunidade Ngok Dinka se considera parte do Sudão do Sul, mas os integrantes da comunidade de Misserya recebem o apoio do norte.

Redes Sociais

Numa mensagem enviada pelo Tweeter, site social na internet, este domingo, o vice-representante especial do Secretário-Geral para a Missão da ONU no Sudão do Sul, disse que a situação em Abyei é tensa.

Segundo Toby Lanzer, a Unisfa expandiu o patrulhamento com o objetivo de manter a calma por toda a região.

Pêsames

O chefe da ONU expressou pêsames à comunidade Ngok Dinka, ao governo da Etiópia, de onde eram os boinas azuis, e às famílias das vítimas.

Ban pediu aos governos do Sudão e do Sudão do Sul e das comunidades Ngok Dinka e Misserya que mantenham a calma e evitem uma escalada dos eventos.

Ataque

Segundo ele, o ataque prova, novamente, que é crucial para os dois governos criar instituições temporárias na região, como foi estipulado pelo acordo entre as partes, firmado em junho de 2011.

O Secretário-Geral afirmou que isso prova também a necessidade para que os dois lados continuem com as negociações sobre o status final da região de Abyei.