Perspectiva Global Reportagens Humanas

Marta Vieira da Silva em campanha pelo fim da violência à mulher BR

Marta Vieira da Silva em campanha pelo fim da violência à mulher

Embaixadora do Programa da ONU para o Desenvolvimento, a jogadora ressalta que 60% das mulheres são vítimas de abuso físico ou sexual; em vídeo, ela pede garantia de direitos iguais.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.  

A jogadora de futebol Marta Vieira da Silva está pedindo o fim da violência contra as mulheres em uma campanha do Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud.

Marta, embaixadora da Boa Vontade da agência, estrela um vídeo onde destaca que até 60% das mulheres no mundo todo sofrem de abuso físico ou sexual em algum momento da vida. Quase metade das vítimas são menores de 18 anos.

Prostituição

Eleita cinco vezes a melhor jogadora do mundo pela Fifa, ela informa dados sobre o tráfico humano. 

“A cada ano, 2 milhões de mulheres e meninas são usadas e traficadas na prostituição, trabalho forçado, escravatura e servidão. Isso é inaceitável. Deve parar agora. Eu sou a Marta e peço para você se levantar agora e ajudar no combate para acabar com a violência contra as mulheres.”

Marta Vieira da Silva também relembra, em um texto para o site do Pnud, sua infância em Dois Riachos, Alagoas. Segundo ela, sua família não tinha muito dinheiro, nem para comprar uma bola de futebol.

Preconceito

Aos sete anos, Marta decidiu que seria um dia jogadora, mas o caminho não foi fácil: muita gente, incluindo seus irmãos, tentou impedi-la de jogar.

A embaixadora do Pnud afirma ter sofrido preconceito por ser garota, e comemora a sorte de ter tido o apoio de “visionários” que a ajudaram a alcançar seu sonho. Marta Vieira da Silva lamenta que muitas pessoas não têm a mesma oportunidade.

Direitos e Acesso

Segundo a jogadora, as mulheres que vivem na pobreza são mais vulneráveis a abusos e exploração. Ela defende a garantia de direitos iguais e lembra que mulheres com acesso à educação e empregos têm maior controle sobre sua vida pública e privada.

Marta Vieira da Silva afirma que a voz e o apoio de todos são cruciais para o alcance da meta maior, o fim da violência contra as mulheres.