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Mali: Ocha diz que continua movimento de deslocados devido à insegurança

Mali: Ocha diz que continua movimento de deslocados devido à insegurança

De acordo com o Escritório de Assistência Humanitária o fluxo também é provocado pela falta de recursos; regiões nortenhas de Gao, Timbuktu e Kidal apresentam cenário mais preocupante.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

O Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária, Ocha, disse que a insegurança e a falta de recursos continuam a provocar movimentos populacionais internos no Mali.

Em nota, emitida esta sexta-feira, a entidade refere que nas cidades nortenhas de Gao, Timbuktu e Kidal a situação é mais preocupante. Pelo menos uma em cada cinco famílias enfrenta carência alimentar grave.

Refugiados Internos

Vários centros urbanos da região estiveram sob o controlo de rebeldes islamitas, antes de serem recuperadas como resultado da ofensiva militar governamental apoiada pela França, iniciada em janeiro deste ano.

Até março, pelo menos 37,9 mil pessoas abandonaram as suas casas e destas, 62% saíram do norte. Estima-se que os países vizinhos acolham mais de 173 mil malianos.

Estação Magra

Entretanto, a Organização Mundial da Alimentação, PMA, disse prever o aumento da assistência alimentar à região  especialmente durante a chamada estação magra, marcada pela carência de alimentos.

A agência pediu mais fundos internacionais para os afetados pelo conflito maliano, bem como os refugiados no Burquina Faso, na Mauritânia, e no Níger. Em março, o PMA disse ter conseguido apoiar mais de metade dos beneficiários.

*Apresentação: Denise Costa.