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Angola revela intenção de integrar Conselho de Segurança

Angola revela intenção de integrar Conselho de Segurança

Luanda diz estar na expectativa de ver candidatura endossada por organismos regionais; secretário de Estado das Relações Exteriores faz menção à experiência angolana em guerra e em  paz.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O governo angolano manifestou a intenção de integrar o Conselho de Segurança no período 2015-2016.  Em entrevista exclusiva à Rádio ONU, em Nova Iorque, o secretário de Estado das Relações Exteriores, Manuel Domingos Augusto, disse que estão em curso contactos para o efeito.

“Angola já foi membro não permanente do Conselho e Segurança, há alguns anos, e tem a intenção de voltar a ser membro não permanente do Conselho e Segurança para os próximos períodos. Esperemos que possamos ser endossados pela nossa região e nosso continente para voltar ao Conselho no período 2015-2016.”

Conflitos

O país já fez parte do órgão de 2003 a 2004. Além de Angola, as nações de língua portuguesa que integraram o Conselho foram Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Portugal.

As declarações de Manuel Domingos Augusto foram feitas à margem do Debate Temático da Assembleia Geral sobre a Resolução Pacífica de Conflitos em África.

Paz e Segurança

O representante da diplomacia angolana apresentou as motivações para a aposta em se fazer representar no órgão responsável pela paz e segurança.

“Dentro ou fora do Conselho, Angola tem desde sempre, mesmo quando esteve envolvido no conflito interno nunca deixou de dar solução a vários problemas nos conflitos em África e fora do continente. Angola continua imbuída desse espírito de participação. O país conhece as chagas da guerra e os méritos da paz : somos um país que quer ter uma presença ativa na busca da paz. Por isso, somos um país que quer ter uma presença ativa na busca permanente da paz e, realço, na prevenção de conflitos mais do que na sua resolução.”

Na ocasião, o secretário de Estado angolano das Relações Exteriores destacou que a prevenção de conflitos deve observar aspetos como a  governação, a gestão de recursos de forma racional e a sua distribuição equitativa para eliminar diferenças.