ONU pede que cesse fornecimento de armas às partes do conflito sírio
Secretário-Geral abordou a crise do país com representantes da Liga Árabe e do Qatar; Ban ressalta impacto de aumento de armas nas mortes e na destruição.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
As Nações Unidas apelaram à interrupção do fornecimento de armamento às partes do conflito sírio. Em nota, emitida esta segunda-feira, o Secretário-Geral disse que “mais armas só resultariam em mais mortes e destruição.”
As declarações foram feitas após o encontro de Ban Ki-moon com o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil El-Araby, no qual participaram o primeiro-ministro e o ministro das Relações Exteriores do Qatar.
Ajuda Urgente
Ban destacou o impacto da crise humanitária no país, onde estimativas apontam que um terço da população precisa de ajuda urgente. Cerca de 70 mil pessoas morreram desde o início dos confrontos entre as forças governamentais e rebeldes, em março de 2011.
De acordo com a ONU, mais de 6,8 milhões sírios precisam de ajuda humanitária. Aos países doadores, Ban reiterou fortemente o seu apelo para que sejam apoiados os esforços humanitários das Nações Unidas.
Impacto Regional
O Secretário-Geral disse que a situação síria está a deteriorar, tendo alertado para o impacto crescente do conflito a nível regional.
Ban também destacou que não pode haver alternativa para acabar com o conflito sírio além de uma solução política, daí a necessidade urgente do diálogo entre as partes.
Médio Oriente
A reunião também abordou o Processo de Paz no Médio Oriente. Ban reiterou a sua exortação aos israelitas e palestinianos para o redobrar dos esforços para a busca de um acordo sobre as questões centrais do conflito.
O representante ressaltou “a importância absoluta de progressos em 2013,” acrescentando que a oportunidade para o efeito não deve ser desperdiçada.
Prisioneiros
O Secretário-Geral também lembrou a declaração em que expressa profunda preocupação com as condições dos prisioneiros palestinos sob custódia israelita, feita em fevereiro.
Ban Ki-moon ressaltou a posição das Nações Unidas, que os detidos devem ser acusados e julgados com base nos padrões internacionais, ou então imediatamente libertados.