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Unodc: crime internacional pode afetar alcance dos Objetivos do Milênio BR

Unodc: crime internacional pode afetar alcance dos Objetivos do Milênio

Comissão sobre Prevenção do Crime e Justiça Criminal reunida em Viena; chefe da agência cita terrorismo, medicamentos falsos e comércio ilegal de armas entre desafios.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York. 

O chefe do Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, Unodc, afirmou nesta segunda-feira que o “crime internacional mina o desenvolvimento sustentável, impede o acesso à educação e afasta investidores domésticos e estrangeiros”.

Yury Fedotov falou na abertura da sessão da Comissão sobre Prevenção do Crime e Justiça Criminal, em Viena, na Áustria. Segundo ele, sem combate, as atividades criminais podem afetar o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, nos países que mais precisam de melhorias.

Fragilidade

O conjunto de oito metas de combate à pobreza deve ser atingido até 2015. Fedotov destacou que países “enfraquecidos e frágeis, especialmente os afetados por conflitos, são mais vulneráveis às drogas e ao crime”.

Ele ressaltou que existe um consenso internacional para que o Estado de Direito seja integrado à agenda do desenvolvimento sustentável depois de 2015.

Remédios e Arte

Segundo Fedotov, a agência da ONU continua enfrentando novos tipos de crimes e os já existentes, que tomam novas formas ao redor do mundo.

O diretor-executivo do Unodc citou o aumento de medicamentos falsos, o terrorismo, o tráfico humano e o comércio ilegal de animais, de armas de pequeno porte e de objetos culturais.

Para Fedotov, “interromper o fluxo dos lucros do crime é uma necessidade” e não se pode “permitir aos criminosos e suas redes que prosperem e financiem atividades ilegais”.

Para combater as redes internacionais de crimes, o Unodc tem sete programas regionais e vai lançar outros no Caribe, no sul da Ásia e no sudeste da África.

A Comissão sobre Crime e Justiça Criminal é formada por 40 países, incluindo o Brasil. Até sexta-feira, as delegações irão definir estratégias sobre sobre proteção de vítimas, crime organizado, segurança de mulheres e crianças e apoio às vítimas de terrorismo.