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Onusida fala de exemplo de responsabilidade partilhada na África do Sul

Onusida fala de exemplo de responsabilidade partilhada na África do Sul

Agência da ONU pede que estratégia de combate à doença seja integrada num novo pacto global; diálogo com políticos, setor privado e ativistas norte-americanos decorreu em Washington.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Programa Conjunto da ONU sobre HIV/Sida, Onusida, destacou a experiência da África do Sul para realçar a necessidade de prever a responsabilidade partilhada no combate ao problema num novo pacto global.

A menção foi feita, em Washington, num encontro que envolveu líderes da luta contra a doença, incluindo políticos norte-americanos, representantes do setor privado e ativistas envolvidos em questões sobre a doença.

Resultados

Para o Onusida, a adoção da abordagem da responsabilidade partilhada está a ser traduzida em esforços conjuntos com resultados reais.

Entre 2001 e 2011, o país africano com o maior número de infeções por HIV, reduziu as novas contaminações em 41%. Cerca de 5,6 milhões de sul-africanos convivem atualmente com o vírus que provoca a Sida.

Parceria

O Onusida refere que o governo responde por cerca de três quartos dos gastos com a doença no país e que, no âmbito de um quadro de parceria assinado com os EUA, deve financiar quase 90% da sua resposta em 2017.

O ministro sul-africano das Finanças, Pravin Jamnadas, realçou a  estreita colaboração entre os sul-africanos, o governo, as empresas, os pesquisadores, os trabalhadores e a comunidade para alcançar o resultado.

Comunidade

De acordo com o governante sul-africano, o movimento juntou-se ao apoio de parceiros na comunidade internacional.

O evento teve a participação da estrela de cinema sul-africana e mensageira da Paz das Nações Unidas, Charlize Theron. A também fundadora do Projecto Outreach África disse que o segredo da vitória sobre a epidemia está no trabalho em conjunto.

O diretor executivo do Onusida pediu que os Estados Unidos não ajudem apenas a mobilizar recursos adicionais dos governos doadores. Para Michel Sidibé é necessário que tais esforços sejam alargados aos países de renda média e baixa para que usem os seus orçamentos nacionais.