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ONU: programas atômicos do Irã e Coreia do Norte são destaque em reunião BR

ONU: programas atômicos do Irã e Coreia do Norte são destaque em reunião

Conferência preparatória das partes do Tratado de Não-Proliferação Nuclear foi dominada, nesta segunda-feira, por discussões sobre ações dos dois países; chefe do Desarmamento disse que resposta deve ser coordenada.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.*

A situação dos programas atômicos da Coreia do Norte e do Irã foi destacada na abertura da conferência preparatória do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, NPT, na sigla em inglês.

O encontro, realizado nesta segunda-feira, em Genebra, é o segundo dos países que participam da Conferência. Durante a sessão, a União Europeia condenou o que chamou de “ameaças repetidas” da Coreia do Norte sobre o uso da força.

Conselho de Segurança

Os europeus também pediram ao país asiático que acabe com os programas atômicos e de mísseis, como rezam as resoluções do Conselho de Segurança da ONU sobre o tema.

Já a delegação dos Estados Unidos informou que as atividades nucleares do Irã representam uma ameaça ao regime de não-proliferação, e que o Irã tem que ser responsabilizado pelas violações ao acordo.

A chefe do Escritório sobre Assuntos de Desarmamento das Nações Unidas, Angela Kane, disse que os países que participam da Conferência sobre Não-Proliferação Nuclear devem gerar um ambiente que ajude nas resposta às ameaças nucleares pelo Irã e pela Coreia do Norte.

Casos Específicos

Para Kane, a cooperação dos países irá ajudar com os desafios de casos específicos, e também sinalizar a decisão de proibir não somente o uso das armas atômicas, mas também a existência delas. A chefe do Escritório da ONU disse que o desarmamento não é uma alternativa. Segundo Kane, o processo deve incluir três pilares: o desarmamento, a não-proliferação e o uso pacífico da energia nuclear.

O Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares entrou em vigor em 1970. Até o momento, 189 países já aderiram ao acordo incluindo China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e Rússia, todos detentores de um assento permanente no Conselho de Segurança.

*Com base nas informações de Patrick Maigua, da Rádio ONU em Genebra.