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Novo acordo prevê uso de tecnologias nucleares para controlar erosão

Novo acordo prevê uso de tecnologias nucleares para controlar erosão

Aiea e Convenção de Combate à Desertificação assinaram entendimento em Bona; em cada 10 anos, desertificação e seca nas zonas áridas tornam improdutiva uma área do tamanho da África do Sul.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Uma parceria para o uso de tecnologias nucleares com vista a reforçar a avaliação da erosão foi assinada na 11ª.  sessão do Comité para a Revisão da Implementação da Convenção da ONU de Combate à Desertificação, Unccd.

Firmaram o chamado “Arranjo Prático”, o organismo das Nações Unidas e a Agência Internacional de Energia Atómica, Aiea. O  evento decorre até esta sexta-feira em Bona, na Alemanha.

Desertificação

Prevê-se que seja melhorada a monitoria da erosão dos solos, que dita a perda anual de 20 mil milhões de hectares de solo fértil. Por outro lado, uma área do tamanho da África do Sul deixa de produzir devido à desertificação e a seca nas zonas áridas durante uma década, apontam estudos.

No âmbito do pacto, os Estados-partes do organismo poderão participar em projetos de gestão do solo para fortalecer a base científica e de advocacia da Convenção. Para o efeito, será aplicados conhecimentos sobre elementos radioativos para melhorar a produtividade da terra e minimizar os impactos da seca.

Resíduos de culturas

Entre as vantagens das técnicas está o apoio na definição do melhor momento para a colocação de fertilizantes e da água além de serem identificadas práticas de gestão de resíduos das culturas.

A Convenção contra a Desertificação refere que a degradação da terra ameaça a mais de 1,5 mil milhão de pessoas em mais de 168 países.