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Apelo para sustentabilidade de registo de nascimentos em Moçambique

Apelo para sustentabilidade de registo de nascimentos em Moçambique

Estudo da OMS refere que 80 países não têm sistema para catalogar nascimentos e mortes; caso moçambicano foi debatido, nesta quinta-feira, na Conferência Global sobre Registo Civil em Bangkok.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

Moçambique deve organizar e garantir sustentabilidade a longo prazo de iniciativas de registos de nascimento, disse a médica Roberta Pastore.

A especialista é uma das participantes da Conferência Global sobre Registo Civil que reúne centenas de representantes de governos, sociedade civil e agências de desenvolvimento em Bangkok, na Tailândia.

Pastore apresentou um estudo sobre o país de língua portuguesa no evento, que debate casos de África, Ásia e leste do Mediterrâneo.

Iniciativas

“Tem brigadas móveis que fazem registos de nascimentos mas não acontecem de maneira rotineira e sistemática. É uma área que precisa de fortalecimento. As iniciativas não faltam mas o problema é organizá-las e garantir sustentabilidade a longo prazo,” disse.

De acordo com a OMS, apenas um quarto da população mundial vive em países que registam mais de 90% dos nascimentos e mortes.

A agência da ONU afirma ainda que 80 nações não têm um sistema de registo civil. Informações sobre causas de mortes são ainda mais escassas. A maior parte dos nascimentos e mortes que ficam sem documentação ocorre na África Subsaariana e no sudeste da Ásia.

A OMS lembra que o registo civil é o reconhecimento oficial de eventos importantes na vida de uma pessoa, como nascimento, adoção, casamento, divórcio e morte.

Para a agência da ONU, o sistema de registo em muitos países é pobre pela infraestrutura fraca, profissionais não treinados, falta de verbas e leis desatualizadas.

*Apresentação: Eleutério Guevane.