Passar para o conteúdo principal

Ban fala de momento crítico de compromisso da ONU com a Guiné-Bissau

Ban fala de momento crítico de compromisso da ONU com a Guiné-Bissau

Secretário-Geral diz que ocorrem ações no país e na região com vista a resolver impasse político; declarações foram feitas numa sessão que abordou a prevenção de conflitos no continente africano.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

As Nações Unidas estão num momento crítico do seu compromisso com a Guiné-Bissau, disse esta segunda-feira o Secretário-Geral.

Ban Ki-moon contou que, após o golpe militar no ano passado, a organização continua a promover o diálogo inclusivo entre atores nacionais para a restauração da ordem constitucional no país de língua portuguesa.

Prevenção de Conflitos

A organização disse estar em curso o trabalho com a Comunidade dos Estados da África Ocidental, Cedeao, para a a manutenção da paz e prevenção de crises na região.

O chefe da ONU falava, esta segunda-feira, no Conselho de Segurança num debate intitulado “A Prevenção de Conflitos em África: Abordando as Causas Profundas.”

Parceiros

Ban destacou os benefícios do revigorar de relações entre a organização e entidades regionais do continente, referindo que estas desempenham um papel vigoroso e estratégico como parceiros da ONU.

Segundo destacou, a rápida reação da Comunidade Económica dos Estados da África Central na crise da República Centro-Africana demonstrou uma maior disponibilidade da resposta conjunta para problemas comuns dos países.

Alerta Precoce

Ban Ki-moon realçou o trabalho em curso para reforçar a prevenção de conflitos com a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, Sadc, com a qual opera no estabelecimento de mecanismo de alerta precoce de conflitos.

Busca da Paz

Em parceria com o bloco, a União Africana e a Conferência Internacional para a Região dos Grandes Lagos estão em curso ações para a busca da paz no leste da República Democrática do Congo.

No ano em que mais de 20 países africanos realizam eleições, Ban elogiou as presidenciais “relativamente pacíficas no Quénia” como exemplo de como as divergências eleitorais podem ser tratadas através do processo legal, sem recorrer à violência.

Guerra

Ban Ki-moon disse que em vários casos as eleição pode ser uma fonte de instabilidade onde as partes podem usar os pleitos para continuar a competição com vista a dividir os espólios de guerra.

A ONU também celebra, em 2013, 10 anos de parceria firmada com a União Africana para a capacitação de países da entidade. A Somália foi referida pelos esforços parceria com vista à estabilidade.

Recursos, Riqueza e Poder

O Secretário-Geral apontou ainda que conflitos raciais no continente ocorrem “onde há má governação, os abusos de direitos humanos e queixas sobre a distribuição desigual de recursos, riqueza e poder.”

Para ele, as tensões ocorrem onde as pessoas são excluídas, marginalizadas e veem negado o direito de participação significativa na vida política e social de seus países.

Instituições de Estado

Para evitar conflitos recomendou o reforço da democracia, além da criação de instituições do Estado responsáveis, fortes e resistentes para garantir o controlo adequado e o equilíbrio.

A promoção do Estado de Direito e o trabalho com vista a estabelecer um controlo democrático efetivo sobre as forças armadas também foram apontados como importantes pelo representante.