Representante na Somália condena ataques que mataram dezenas
Segundo agências de notícias, número de mortos teria subido para 30 após os atentados a bomba e de homens armados na capital do país, Mogadíscio; Augustine Mahiga disse que "despero de terroristas covardes não vai ofuscar processo de estabilização" do país africano.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.*
As Nações Unidas condenaram uma onda de ataques ocorrida no domingo em Mogadíscio, capital da Somália.
Segundo agências de notícias, pelo menos 30 pessoas teriam morrido em explosões de bombas e em ataques de homens armados, atribuídos ao grupo islâmico Al-Shabab.
Homens-bomba
Nesta segunda-feira, tropas da União Africana e policiais da Somália estão fazendo batidas em casas à procura dos autores dos atentados.
Os ataques foram realizados em várias partes da capital incluindo a sede do tribunal de justiça. De acordo com testemunhas, os homens-bomba invadiram as entradas do prédio e depois detonaram o explosivo.
A outra explosão ocorreu numa rua lotada a caminho do aeroporto. Dois trabalhadores humanitários da Turquia teriam morrido no ataque.
Estabilização
Em nota, o enviado da ONU à Somália, Augustine Mahiga, juntou-se ao governo e aos somalis para condenar o que chamou de “atos sem sentido de terror.”
Mahiga enviou pêsames às famílas das vítimas. Ele disse ainda que o progresso que foi alcançado com a estabilização da Somália não “será ofuscado pelo desespero” do que ele chamou de “terroristas covardes.”
A Somália acaba de empossar um governo federal após décadas sem um governo efetivo. Em 1991, o ex-ditador somali Mohammed Siad Barre deixou o poder, e o país do extremo leste da África ingressou num longo período de violência política.
Em agosto passado, a Somália inaugurou o primeiro Parlamento formal pondo fim à chamada fase de transição que havia começado em 2004, e o movimento islâmico Al-Shabab foi expulso da capital.