Operações militares e campos minados continuam a barrar ajuda no Mali
Nações Unidas dizem que situação alimentar nas regiões de Timbuktu, Gao e Kidal é crítica apenas; somente um quarto do apelo de US$ 410 milhões foram recebidos.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Escritório da ONU para Assistência Humanitária, Ocha, lembrou que o acesso de várias agências ao norte do Mali continua difícil devido às operações militares e à presença de campos minados.
A agência alertou para o que considera “deterioração” da situação humana no norte. De acordo com o Ocha, o agravamento segue-se à fraca resposta ao apelo de socorro às vítimas do conflito entre tropas do governo e rebeldes islamitas.
Recursos
Apenas um quarto dos US$ 410 milhões solicitados foram entregues. Um porta-voz do Ocha, Jens Laerk, disse que a ONU decidiu alocar US$ 16 milhões através do Fundo Central de Resposta de Emergência devido à falta de recursos.
O montante deve ser aplicado nas áreas da saúde, nutrição, proteção e higiene. Os projetos de saneamento básico e de água potável, abrigo e educação também são contemplados com o valor.
Estação Magra
O Ocha deve realizar as ações nos próximos seis meses numa época em que o país transita para a chamada “estação magra”, marcada pela escassez de alimentos. A situação alimentar nas regiões de Timbuktu, Gao e Kidal é tida como a mais crítica.