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Enviada da ONU elogia decisão do G-8 de combater violência sexual BR

Enviada da ONU elogia decisão do G-8 de combater violência sexual

Zainab Bangura afirmou que medida, anunciada em Londres, pode levar ao fim de crimes como estupros e outras violações de gênero; atriz Angelina Jolie também compareceu ao encontro.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A representante especial do Secretário-Geral da ONU sobre Violência Sexual saudou uma iniciativa anunciada, nesta quinta-feira, pelo G-8, o Grupo dos Sete Países Mais Industrializados do Mundo acrescido da Rússia.

Em entrevista à Rádio ONU, Zainab Bangura, disse que a medida leva esperança e luz aos inúmeros sobreviventes de violência sexual e estupros em todo o mundo.

Lei Internacional

De acordo com a representante, a violência sexual em conflitos não será tolerada e a força da lei internacional tem que ser exercida para garantir a responsabilidade por tais crimes.  

Para os criminosos, não poderá existir esconderijo, anistia, nem porto seguro. Eles serão perseguidos por todo e qualquer meio disponíveis. No processo, ela disse que se irá começar a transferir o estigma sofrido pelas vítimas aos perpetradores.

Segundo Bangura, a iniciativa oferece ainda uma oportunidade jamais vista para acabar com o que ela chamou de um “mal antiquíssimo”. O anúncio foi feito durante a reunião de ministros do G-8, em Londres.

Financiamento

A atriz Angelina Jolie, embaixadora da Boa Vontade do Acnur, também presente ao encontro disse que já era tempo de se aprovar uma iniciativa contra os crimes sexuais.

Angelina Jolie Jolie contou que já ouviu sobreviventes de abuso sexual da Bósnia ou da República Democrática do Congo, dizerem que sentem que o mundo simplesmente não liga para elas. E quem pode culpá-las? Para a atriz, por muito tempo elas têm sido as vítimas esquecidas da guerra, enfrentando o pior da dor. Segundo Angelina Jolie, com a decisão, suas vozes foram ouvidas. E finalmente existe alguma esperança para oferecer.

A declaração foi endossada por todos os países do G-8. A promessa é ajudar as vítimas de violência sexual em guerra, evitar ataques e levar os responsáveis à justiça. A ação terá o equivalente a R$ 70 milhões de financiamento.